Quando eu era mais nova sempre gostava mais da noite do que do dia. A noite era a hora em que eu não tinha escola, não precisava fazer dever pois eu os fazia pela manhã e porque era a hora em que meu pai chegava em casa então sempre jantávamos todos juntos. E à noite também tinha possibilidade de sair com a família para passear, visitar alguém, ir ao parque ou qualquer outra coisa. Depois de mais velha, voltando da faculdade já tarde, percebi que eu não gostava mais da noite como antes. Percebi que ela às vezes é sombria e que pela escuridão você precisa ser mais responsável e atencioso do que na luz do dia. Principalmente quando se cresce e não se tem mais como incluir seus pais na sua rotina diária, ou melhor, noturna como quando se é pequeno onde não se sai sozinho. Com meus pais ao lado, mesmo à noite eu me sentia protegida, despreocupada e não me importava com os "perigos" que a noite esconde porque eu estava com eles ao meu lado para me proteger. Hoje, a noite pra mim se tornou um momento de mais atenção, preocupação e alerta para qualquer coisa que me parece suspeita seja para ir à faculdade, seja para sair com os amigos. E isso me leva a pensar nosso relacionamento com Deus assim, dessa forma. Quando andamos com Ele, aquilo que parece ruim se torna bom, as noites ficam mais bonitas pois se tem segurança de que há alguém a zelar por você. E você lembra que há um pai celestial cuidando de você. Porém, quando estamos longe de Deus o dia parece nublado para a noite chegar mais rápido. Porém, o que mais me supreende nisso tudo é que Deus mesmo em meio à escuridão da noite nos mandou a luz da lua para nos lembrar que é preciso ser luz e que há luz na escuridão independente da noite estrelada ou não. "Disse Deus: haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar as estãções, os dias e anos e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra. E assim foi." (Gênesis 1: 14,15)